sábado, 20 de dezembro de 2008

O PAI NATAL


O Pai Natal é associado à ideia de um homem já com uma certa idade, gorducho, de faces rosadas, com uma grande barba branca, que veste um fato vermelho e que conduz um trenó puxado por renas que conseguem voar mesmo não tendo asas. Segundo a lenda, na noite de Natal este simpático senhor visita todas as casas, desce pela chaminé e deixa presentes a todas as crianças que se comportaram bem durante todo o ano.




A personagem do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau e a ideia de um velhinho de barba branca num trenó puxado por renas (o mesmo transporte que é usado na Escandinávia) foi introduzida por Clement Clark More, um ministro episcopal, num poema intitulado de "An account of a visit from Saint Nicolas" (tradução: Um relato da visita de S. Nicolau) que começava de seguinte modo “'The night before Christmas” (que em português significa "Na noite antes do Natal"), em 1822.




More escreveu este poema para as suas filhas e hesitou em publicá-lo porque achou que dava uma imagem frívola do Pai Natal. Contudo, uma senhora, Harriet Butler, teve acesso ao poema através do filho de More e decidiu levá-lo ao editor do jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, o qual publicou o poema no Natal do ano seguinte em 1823. A partir daí, vários jornais e revistas publicaram o poema, mas sempre sem se mencionar o seu autor. Só em 1844, é que More reclamou a autoria do poema!




O primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast, um cartonista americano, e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly”no ano de 1866. Assim a criação da imagem actual do Pai Natal não é da autoria da Coca-Cola, como muitos pensam.

As raízes da história do Pai Natal remontam ao folclore europeu e influenciaram as celebrações do Natal por todo o mundo.



A figura do Pai Natal, baseia-se em S. Nicolau, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças.

A única coisa que se sabe com certeza sobre a vida de S. Nicolau é que este foi bispo de Mira na Lícia, que se situa no sudoeste da Ásia Menor, no século IV d.C.




Antes de estar relacionado com as tradições e lendas de Natal, S. Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.
Pode-se duvidar da autenticidade de muitas das histórias relacionadas com S. Nicolau, mas mesmo assim a lenda espalhou-se por toda a Europa e a sua figura ficou associada a um distribuidor de presentes. Os símbolos de S. Nicolau são três bolas de ouro. Diz a lenda que numa ocasião ele salvou da prostituição três filhas de um homem pobre ao oferecer-lhes, em três ocasiões diferentes, um saco de ouro; uma outra lenda é que depois da sua morte salvou três oficiais da morte aparecendo-lhes, para isso, em sonhos.




O dia de S. Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de Dezembro, sendo este o dia em que se recebiam os presentes. Contudo, depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção a ChristKindl, ou seja, ao Menino Jesus, transformando-o no “distribuidor” de presentes e transferindo a entrega de presentes para a Sua festa a 25 de Dezembro. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, esta ficou colocada no próprio dia de Natal. Assim, o dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o dia de S. Nicolau. Contudo, em 1969, devido à vida do santo estar escassamente documentada, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de S. Nicolau fosse retirada do Calendário Oficial Católico Romano.




Mesmo assim, todos os anos, na época de Natal, em muitas partes do mundo, anúncios, cartões de boas festas, decorações sazonais e a presença de pessoas vestidas de Pai Natal documentam a moderna lenda do Santa Claus (contracção de Santus Nicholaus). Crianças de todo o Mundo escrevem cartas ao Pai Natal, nas quais dizem quais são os seus desejos, e, na noite de Natal, algumas deixam-lhe comida e bebida para uma rápida merenda.

http://natalnatal.no.sapo.pt/pag_simbolos/nicolau.htm

Fotos da Net

António Inglês


A ORIGEM DO PRESÉPIO


Palavra de origem latina, que significa “local onde se recolhe o gado”, o presépio é uma representação de cariz espiritual da cena do nascimento de Jesus, que assume contornos poéticos e bucólicos, em que não faltam animais de estábulo, pastores, anjos e Reis magos.
Atribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a ideia de encenar o nascimento de Jesus, tal qual este se deu numa gruta em Belém. Existem registos de que o terá então feito, em 1223, numa gruta da cidade italiana de Greccio, para a qual, se diz, levou uma vaca e um burro e onde mandou instalar uma manjedoura, cheia de feno, para festejar a vinda do Filho de Deus à terra com as mesmas condições que rodearam o seu nascimento: pobreza, simplicidade, humildade, encanto e fraternidade de Deus com os homens. A sua intenção era dar um sentido de actualidade à Natividade e reviver a Eucaristia, trazer de novo o Evangelho para o espaço natural de vida dos homens. O presépio de S. Francisco não tinha, por isso, figuras, Jesus era representado pela hóstia.



Depois desta pioneira representação da descida de Deus à humanidade, outros presépios, já com figuras, começam a surgir. A tendência começa noutros conventos franciscanos em Itália, a que se seguem igrejas e casas particulares, das mais nobres às mais humildes, e estende-se depois a toda a Europa.
Em Portugal, o culto do presépio terá surgido ainda no fim do século XV, sendo do início do século XVI os primeiros documentos que o referenciam. O grande desenvolvimento desta tradição, porém, dá-se sobretudo com as contratações de artistas para a construção de presépios pelos Reis D. João II, D. Manuel I, D. João III e, mais tarde, D. João V, o que terá contribuído largamente para a sua generalização no país. Surgem presépios muito famosos como o da Basílica da Estrela e de S. Vicente, em Lisboa, da autoria do escultor Machado de Castro, o do Convento de Mafra, o dos Marqueses de Borba e vários presépios eborenses, entre os quais os dos Conventos do Paraíso, de Santa Clara e de S. Bento de Cástris.




O presépio entranha-se assim definitivamente na cultura portuguesa, entre os séculos XVII e XVIII, e vários são os barristas e escultores famosos que, desde então, e até ao século XX, alimentam a procura de figuras para a encenação da Natividade, quer em conventos, quer em casas particulares. Oriundos de olarias e escolas de Alcobaça, Barcelos, Coimbra, Évora, Estremoz, Lisboa, Mafra e Tomar, entre os principais nomes responsáveis pelas figuras características do presépio popular português encontram-se Francisco de Holanda (residente em Évora), José de Almeida, Joaquim Machado de Castro, Francisco Xavier (eborense) e António Ferreira.

Fonte: Site da Câmara Municipal de Évora.

Fotos da Net

António Inglês


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

CHILDREN’s WORLD CENTRO CLÍNICO DE APOIO À INFÂNCIA NAS CALDAS DA RAINHA


“Caldas da Rainha e a Região Oeste ficaram mais enriquecidas com a abertura das novas instalações do Centro Clínico de Apoio à Infância. Cada vez mais a cidade e a região, estão na vanguarda do desenvolvimento e do progresso. Um projecto como o Children’s World é uma mais valia no apoio à infância nas Caldas da Rainha e os quatro anos que levam já de existência, são o suporte do êxito que a iniciativa tem vindo a ter, e que culminam agora na abertura de um espaço mais amplo, mais confortável e mais adequado ás exigências que as famílias da região merecem.

Estão de parabéns as técnicas que fazem parte do projecto, as Caldas da Rainha mas sobretudo as crianças.”




Children’s World – Centro Clínico de Apoio à Infância, que estava a funcionar na Cova da Onça, em Caldas da Rainha, mudou-se para novas instalações, com o objectivo de proporcionar mais conforto às crianças e famílias que acompanham. Reunindo um conjunto de serviços, pretende dar respostas adequadas às diferentes exigências que acompanham o desenvolvimento da criança ou jovem.
Agora a funcionar na Rua Manuel Mafra n.43 A, tem um espaço maior e oferece mais serviços à comunidade.
Children’s World é um projecto organizado por duas técnicas especializadas na área do desenvolvimento infantil. Andreia Mendes, psicóloga clínica, e Sandra Morgado Silva, técnica superior de educação especial e reabilitação, iniciaram o trabalho enquanto profissionais na APPT21 (Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21) – através do Centro de Desenvolvimento Infantil Diferenças, com sede em Lisboa. Como faziam o acompanhamento de muitas crianças da Região Oeste decidiram trazer o projecto para Caldas da Rainha. “Já tínhamos experiência e maturidade para assumir uma identidade própria e mais próxima da comunidade das Caldas da Rainha, no entanto, a nossa configuração e técnicos são do centro Diferenças”, explicou Sandra Silva.
Há quatro anos atrás, na cidade das Caldas, iniciaram o projecto numas instalações provisórias na Cova da Onça. Nunca fizeram publicidade mas os resultados positivos nas crianças que têm acompanhado tem levado muitas famílias e professores a procurar ajuda neste centro. “O nosso trabalho já é conhecido, pediatras, professores e pais que já precisaram dos nossos serviços recomendam o nosso centro a famílias”, disse Andreia Mendes, acrescentando que “temos crianças de Caldas, Peniche, Leiria, Rio Maior, Óbidos, Alcobaça e Bombarral”.
Com o novo espaço têm a oportunidade de oferecer mais serviços que actuam ao nível de diferentes perturbações do desenvolvimento infantil. Segundo a técnica superior de educação especial e reabilitação, “temos cada vez mais contacto com as escolas e servimos como um centro de recursos especializado para quando há necessidade e agora com aplicação do novo regime jurídico para a Educação Especial (Decreto-Lei nº 3/2008) temos ajudado os estabelecimentos de ensino no processo de avaliação e adaptação a este novo decreto-lei”.



Avaliação e intervenção psicopedagógica nas dificuldades de aprendizagem (dislexia, disgrafia e discalculia), perturbação de hiperactividade e défice de atenção, perturbação do espectro do autismo (autismo; síndrome de Asperger), perturbação da linguagem e da fala, perturbação cognitiva não-verbal e défice na atenção, no controlo motor e na percepção são alguns dos serviços deste centro. Para Sandra Morgado Silva, “Children’s World” não é só para crianças com perturbações muito graves, “todas as crianças que tenham alterações, mesmo que sejam ligeiras, devem ter apoio”.
Hiperactividade, perturbação do autismo e comportamento de oposição são os problemas que são mais encaminhados para estas técnicas. “Nós não só trabalhamos com as crianças, trabalhamos também com os pais e professores”, explicou a responsável.
Avaliação e intervenção psicológica nas alterações do comportamento (humor, ansiedade, oposição, somo, alimentar…), apoio psicológico em situação de adaptação a novas realidade familiares, apoio a pais (redução de stress parental) e apoio a grávidas com fetos com deficiência são outros serviços deste centro. “Children’s World” tem ainda actividades relacionadas com o rastreio da linguagem e de competências pré-escolares em contexto individual ou escolar, grupos de preparação para a entrada no ensino básico, alimentação saudável (workshops práticas para os pais), grupos de desenvolvimento de competências sociais, apoio aos métodos e técnicas de estudo, promoção e treino de competências cognitivas, apoio e aconselhamento em grupo ou individual a técnicos de educação e oficinas de artes criativas.
Além das fundadoras deste projecto nas Caldas da Rainha, colaboram no Centro Clínico de Apoio à Infância uma segunda psicóloga clínica, uma terapeuta da fala, uma professora e pediatras do centro Diferenças.
“É através do sentir que entramos no mundo da criança e da sua família. Só assim conseguimos compreender os desafios que são colocados a todos aqueles que procuram melhor integrar-se”, são estes os valores da equipa de “Children’s World”.

Jornal da Caldas On Line

Marlene Sousa



Fotos da Net

António Inglês





A ORIGEM DA MISSA DO GALO


Celebrada à meia-noite, a missa do galo assinala o nascimento de Cristo, na noite de 24 para 25 de Dezembro. Terá começado a ser celebrada no século V, e reza a lenda que o seu nome se deve ao facto de ter sido nessa noite a única vez que um galo cantou à meia-noite. O galo era considerada uma ave sagrada no antigo Império Romano. O animal passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. O galo é o primeiro a ver os raios de sol e, portanto, ao reverenciar o sol nascente, o galo estaria louvando, primeiramente, a Jesus Cristo.

A partir do ano 330, a Igreja celebra, em Roma, o nascimento de Jesus a 25 de Dezembro. Porque é o dia do solstício do Inverno romano. Porque nesse dia do nascimento do sol, os pagãos festejavam o natal do Deus Sol – Natalis Invictus. Por isso, os romanos passaram a celebrar, nesse dia, a festa da posse do Deus Imperador. Por isso, o Imperador Constantino, cristão, substituiu as festas pagãs, com um sincretismo do culto ao Sol e ao Imperador. Instituiu a Festa de Natal do Sol da Justiça e da Luz do Mundo, Jesus Cristo.
Como preparavam a festa do Sol, com as festas pagãs de 17 a 24 de Dezembro, chamadas Saturnais, assim surgiu o Tempo do Advento, para preparar o Natal de Cristo.



No século IV, a comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém, para celebrar a Missa do Natal na primeira vigília da noite dos judeus, na hora do primeiro canto do galo, mencionado por Jesus na traição de Pedro (Mt. 26,34 e Mc 14,68.72).

Por isso, a Missa da meia-noite no Natal, se chama Missa do Galo, do primeiro canto do galo. Essa missa do galo é celebrada, em Roma, desde o século V, na Basílica de Santa Maria Maior. Pois, o galo, também publica o nascer do sol. E o galo passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. Por isso, no século IX, o galo foi parar no campanário das igrejas.

Só a Missa do Galo e a Missa de Páscoa são celebradas à meia-noite, pois nelas há o sentido de procurar a luz no meio da noite.




Como o galo adquiriu a sua coroa vermelha:

Há muitos, muitos anos atrás, quando o mundo acabara de ser criado, a Terra vivia debaixo de seis sóis e não de apenas um. Uma Primavera, após os camponeses terem preparado os seus campos já semeados, a água das chuvas não veio e os seis sóis queimaram tudo. Então o povo dirigiu-se ao imperador Yao que reinava na China e pediu-lhe ajuda. Como fazer para resolver tal situação? questionou o imperador. Um seu conselheiro sugeriu-lhe que se tentasse acertar nos sóis e matá-los. O Imperador chamou então os seus melhores archeiros e determinou-lhes que apontassem para os sóis. Os archeiros lançaram as suas flechas em direcção aos sóis mas as suas flechas bem longe ficaram dos alvos.



Resolveu então solicitar ajuda do príncipe Ho Yi de uma tribo vizinha, dado que era famoso na sua mestria de archeiro. Ho Yi acedeu, apontou o arco, mas disse ao imperador: ‘Lamentavelmente, eles estão longe demais para os poder alcançar’. De repente, olhando o lago existente no palácio do Imperador e vendo os seis sóis nele reflectidos, exclamou: ‘Mas se os temos aqui tão perto porque não alvejá-los aqui? E um a um, certeiramente, foi alvejando os sóis e, um a um, foram desaparecendo. Porém, o sexto, prevenindo-se, fugiu para detrás da montanha mais próxima. Os camponeses rejubilaram e foram dormir descansados. No dia seguinte, porém, acordaram numa imensa escuridão pois o sexto sol, de tanto medo de ser morto, mantinha-se escondido. Tudo foi tentado pelos camponeses: primeiro, um tigre rugindo, rugindo para o fazer sair detrás da montanha para outro local; depois, a táctica inversa, uma vaca mugindo de forma apaziguadora e dócil para o calmar e mostrar-se. Mas o Sol recusava-se a aparecer. Estão um camponês trouxe um galo que cantou. E ouve-se a voz do Sol dizendo: Ó que maravilhosa voz! E espreitando sobre a montanha fez-se, de novo, luz.



O Sol, como prémio ao belo cantor, coroou-o com uma coroa vermelha. E desde aí o galo, orgulhoso da sua coroa, canta pela aurora acordando o Sol.
O Galo é também na tradição chinesa, por excelência, o espantador de demónios. É por esta razão que muitas vezes são colocadas figuras de um galo branco nos caixões para “limpar” de demónios o caminho que o defunto irá percorrer. O seu canto ao nascer do sol tem, também segundo a tradição chinesa, o efeito de afugentar os demónios que vivem mal com a luz do dia.
É também pela mesma razão que nos casamentos as noivas comem, durante a cerimónia, pedaços de açúcar branco em forma de galo para se prevenirem contra influências demoníacas.

Fonte:

http://www.loriente.com/galo2005.html

Fotos da Net

António Inglês


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A CEIA DE NATAL


Ceia é uma reunião festiva entre os familiares e amigos para se comemorar algum evento importante. A ceia natalícia é uma reunião ainda mais familiar, íntima e carinhosa, quando afloram nos corações das pessoas os sentimentos mais variados.



Haverá a alegria do encontro, a saudade de quem partiu, a presença de um novo membro, mesclando emoções diversas, pois todos ficam predispostos a entregar-se afectivamente, trazendo a mensagem de que Cristo quer renascer no coração de cada um de nós. A tradição conta-nos que após a Missa do Galo, celebrada à meia-noite do dia 24, era servida uma refeição frugal aos presentes.




Com o passar do tempo essa refeição foi transferida para as casas dos fiéis e tornou-se mais sofisticada. Iguarias deliciosas, assados, bolos, pudins, passas, nozes, castanhas, tâmaras, frutas cristalizadas… tornaram-se indispensáveis. Na ceia natalícia não falta uma vela acesa, lembrando-nos a fé das pessoas em Jesus Cristo, que continua brilhando através dos tempos.

Fonte:

Portal Você Sabia?

Fotos da Net

António Inglês


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A ÁRVORE DE NATAL


A curiosidade que sempre tive em conhecer a origem da Árvore de Natal, levou-me a uma busca relativamente profunda e cheguei à conclusão que as versões da origem deste símbolo natalício são mais que muitas.

A maioria das opiniões apontam para que a origem da árvore seja proveniente da Alemanha, mas aquela que considerei mais interessante e que mais me agradou, encontrei-a num site da FUL. Partilho-a convosco pois o Natal aproxima-se a passos largos e nesta época do ano sabe bem ler algo relacionado com a Festa do Nascimento de Jesus.

Por tradição a verdadeira festa da família, é nesta época que pomos de parte aquilo que nos separa e abrimos os corações a uma das mais importantes virtudes do homem, o saber perdoar.

A grande maioria dos cristãos, tem gravada na memória a noite mais mágica da sua infância, e relembra sempre com saudade a correria para a chaminé em busca dos presentes que o invisível Pai Natal deixaria no sapatinho cuidadosamente colocado de véspera.




No meu caso particular, lembro que muitas vezes tentei pôr na nossa lá de casa, não um sapatinho mas uma bota porque, dizia eu a meu Pai, (o verdadeiro Pai Natal), que dessa forma o célebre “velhinho das barbas brancas” teria oportunidade de deixar mais brinquedos. Mas isso foi no meu tempo de criança porque nos dias de hoje, os hábitos foram-se alterando e o local da abertura das prendas deixou de ser a antiga chaminé que foi substituída pela árvore de natal onde à meia-noite todos anseiam pela abertura das prendas que por debaixo dela foram sendo postas ao longo dos dias que antecedem aquela Noite. Até isso se alterou. Os meus brinquedos só apareciam na manhã do dia seguinte. Quanta ilusão, quantos sonhos, quanta magia!




A Origem da Árvore de Natal e o Presente de Nickerl

A “Árvore de Natal”, conhecida em algumas regiões da Europa como a “Árvore de Cristo”, desempenha papel importante na data comemorativa do Nascimento de Nosso Senhor.

Os relatos mais antigos que se conhecem acerca da Árvore de Natal datam de meados do século XVII, e são provenientes da Alsácia, encantadora província francesa.

Descrições de florescimentos de árvores no dia do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo levaram os cristãos da antiga Europa a ornamentar suas casas com pinheiros no dia do Natal, única árvore que nas imensidão da neve permanece verde.

A “Árvore de Natal” é um símbolo natalício que representa agradecimento pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

O costume de preparar este belo complemento do presépio foi passando de vizinhança em vizinhança, alcançando hoje países onde a neve é um fenómeno desconhecido.



“Árvore de Cristo”: presente do Menino Jesus

A comovente narração figura numa obra sobre a vida popular na região da Estíria (Áustria), no século passado. Seu autor, P. Rosegger, assim descreve o episódio:

“Era um anseio que decidira pôr em prática naquela noite, antes que minha mãe chegasse à cozinha para preparar a refeição natalícia. Eu ouvira falar muito a respeito da celebração do Natal nas cidades; devia-se colocar sobre a mesa um pinheirinho, verdadeira arvorezinha do bosque; pendurar velinhas nos seus ramos e acendê-las; e depositar por debaixo dele presentes para as crianças, esclarecendo que havia sido o Menino Jesus que os tinha trazido.

“Então pensei em montar uma árvore de Cristo para meu pequeno irmão, Nickerl. Mas tudo em segredo (isso fazia parte do procedimento).

“Depois de já ter clareado o dia, saí no meio de um nevoeiro gelado. Este protegeu-me do olhar das pessoas que trabalhavam em torno da casa (...)



“Logo fez-se noite. A criadagem estava ainda ocupada nos estábulos ou nos quartos da casa, onde, segundo o costume da Noite Santa, lavavam a cabeça e se vestiam com trajes de festa. Na cozinha, minha mãe fazia os sonhos para o dia de Natal. Meu pai, com o pequeno Nickerl, percorria a propriedade para abençoá-la, levando para isso, num recipiente, carvões incandescentes. Sobre eles espalhava o incenso... a fim de incensá-las enquanto rezava em silêncio. (...)

“Enquanto o pessoal se ocupava em suas tarefas lá fora, eu preparava na sala grande a árvore de Cristo. Tirei a arvorezinha do meio da lenha e coloquei-a sobre a mesa. Depois cortei de um maço de cera dez ou doze velinhas e coloquei-as sobre os pequenos galhos. Em baixo, aos pés da arvorezinha, depositei um pão doce.



“Ouvi então passos lentos e suaves na parte de cima da casa. Eram meu pai e meu irmãozinho que já estavam lá e abençoavam o sótão. Logo chegariam ao salão. Acendi as velinhas e escondi-me atrás do forno. A porta abriu-se e eles entraram com seu recipiente de incenso. E ficaram parados.

“- O que é isto? perguntou meu pai com voz baixa mas prolongada.

“O pequeno Nickerl ficava emudecido. Nos seus olhos grandes, redondos, espelhavam-se como estrelinhas as luzes da árvore de Cristo.



“Meu pai avançou devagar para a porta da cozinha e chamou baixinho:

“- Mulher, mulher! Venha ver um pouco.

“E quando ela apareceu:

“- Mulher, foste tu que fizeste?

“- Maria e José! - exclamou minha mãe. -O que deixastes sobre a mesa?



“Logo chegaram também os criados e criadas, vivamente impressionados com a inédita visão. Então um rapaz que viera do vale fez a suposição:

“- Poderia ser uma árvore de Cristo!

“Seria realmente verdade que os anjos tinham trazido do Céu tal arvorezinha?

“Eles contemplavam-na e admiravam-se. A fumaça do incenso enchia a sala inteira, de modo que era como um delicado véu que pousava sobre a arvorezinha iluminada.

“Minha mãe procurou-me na sala, com o olhar:

“- Onde está o Pedro?



“Julguei então ser o momento de sair do canto do forno. Tomei pelas frias mãozinhas o pequeno Nickerl, que continuava emudecido e imóvel, e levei-o para junto da mesa. Ele quase resistiu. Mas eu lhe disse, em tom profundamente solene:

“- Não temas, irmãozinho! Olha: o querido Menino Jesus trouxe-te uma árvore de Cristo. Ela é tua!

“O menino estava contentíssimo. E juntou as mãos como fazia na igreja para rezar”

Francisco José F. Braga Rolim

Frederico R. de Abranches Viotti

Fotos da Net




FELIZ NATAL A TODOS!

António Inglês