sábado, 5 de abril de 2008

OS NOVE PECADOS QUE NOS PODEM CAUSAR VÍCIOS VI!

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6 – JOGO

Somos o segundo país que mais aposta no Euromilhões (apenas ultrapassados pela França, com uma população seis vezes maior). Um estudo da empresa de casinos Estoril-Sol calcula que 17 mil portugueses sejam jogadores compulsivos.



Cientistas descobrem parte do cérebro ligada ao vício do jogo

Um estudo levado a cabo por cientistas americanos identificou a parte do cérebro que é estimulada quando um indivíduo aposta. Segundo os investigadores, a informação poderá vir a ser útil no tratamento do vício de jogar e de certos problemas de saúde mental. Um estudo levado a cabo por cientistas americanos identificou a parte do cérebro que é estimulada quando um indivíduo aposta. Segundo os investigadores, a informação poderá vir a ser útil no tratamento do vício de jogar e de certos problemas de saúde mental.



O estudo conduzido por especialistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e publicado no jornal especializado ‘Neuron’, levou os voluntários a seleccionar duas cartas de um baralho e a apostar um dólar que a primeira ou a segunda carta seria a de valor mais alto. Ao mesmo tempo, o cérebro de cada indivíduo era monitorizado através de ressonância magnética, para identificar a região subcortical estimulada pelas emoções de risco assumido e antecipação de uma recompensa.
O estudo localizou ainda uma espécie de ‘área de apostas’ no cérebro, controlada pelo neurotransmissor dopamina, que também actua na aprendizagem e na motivação, entre outras áreas.
Para os cientistas, este estudo irá dar uma grande ajuda na compreensão de comportamentos patológicos como o vício em jogos, bem como doenças mentais como esquizofrenia e comportamento bipolar.



Internet pode tornar-se um vício

O psiquiatra americano Dr. Jerald Block, especialista da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, em Portland, divulgou um novo estudo a respeito do vício em internet na respeitada publicação American Journal of Psychiatry.

Nele, Block alerta para alguns dos sintomas do vício, que incluem uso excessivo da rede, frequentemente associado a perda de noção do tempo; sentimento de raiva, tensão ou depressão quando não existe um computador por perto; necessidade de melhores máquinas, mais softwares e mais horas de uso e ainda outras repercussões negativas, como brigas, mentiras, fadiga e isolamento social.



Segundo o site The Guardian, a Coreia do Sul é um dos locais onde o problema é maior, já que é o maior mercado banda larga do mundo. Ao menos dez jovens já morreram por usar a Internet por longos períodos em cibercafés, colocando o vício em Internet como um dos problemas mais sérios de saúde pública do país.

Acredita-se também que cerca de 210 mil crianças sul coreanas precisem de tratamento, sendo que destas 80% precisariam de medicamentos e 25% deveriam ser internadas. O problema pode ser pior, com a descoberta de que 1,2 milhão de adolescentes estão em risco de vício após o resultado de pesquisas que indicam que jogadores passam em média 23 horas por semana em mundos virtuais.



O problema, contudo, não está apenas na Coreia: autoridades chinesas estimam que 13,7% de todos os seus jovens internautas, um número que chega a 10 milhões de pessoas, podem ser consideradas viciadas. Nos Estados Unidos, as estimativas são mais complicadas de realizar, já que a maior parte dos usuários utilizam conexões domésticas, e não cibercafés.

Block alertou para o fato de que o vício em Internet é resistente a tratamento, mas esclareceu que este não está ligado a um serviço ou site específico. "O relacionamento é com o computador", explicou acrescentando que após ganhar importância, o computador troca experiências que poderiam ser reais por virtuais e, quando tirados dos usuários viciados, pode levar a depressão ou a raiva.



Como resposta a este tipo de problema relativamente novo, clínicas que tratam destes vícios começaram a surgir, bem como grupos de apoio. Robert Freedman, editor do American Journal of Psychiatry explica que as expressões do vício podem ser diversificadas. Enquanto na Coreia o problema parece ser relacionado a jogos, na América são as redes sociais. "Pornografia, jogo, aposta, chat com os amigos. Isto tudo existia antes, mas agora está muito mais fácil", comentou.

Freedman aposta que para resolver o vício, a resposta pode ser simples: substituir grupos online por reais, e começar a frequentar grupos de apoio. No Brasil, universidades como a PUC e a Unifesp oferecem atendimento gratuito para viciados em Internet.



Questão de química

Estudos mostram que o jogo compulsivo age no cérebro com
o mesmo poder de drogas como a cocaína e o ópio

Passar dias e noites nos casinos é sinonimo de férias para muita gente. Mas, para algumas pessoas, uma aposta aqui e outra ali podem ser o começo de um pesadelo. Um estudo conduzido pela Universidade da Florida, divulgado recentemente em Orlando, durante a conferência anual do Conselho da Florida de Jogo Compulsivo, mostra que, comparados ao resto do país, os residentes daquele Estado têm o dobro de probabilidade de se tornar viciados em jogo. O estudo da Florida se soma a pesquisas científicas que vêm mostrando que o jogo pode viciar tanto quanto substâncias como a nicotina ou a cocaína. Os Estados Unidos têm hoje cerca de 2,5 milhões de pessoas diagnosticadas como viciadas em jogo. Segundo as autoridades de saúde, mais 15 milhões de adultos estão no grupo de risco e podem, eventualmente, tornar-se jogadores patológicos. "Quanto mais jovem o jogador, maiores os riscos de o hábito se transformar em compulsão", diz o médico Nathan Shapira, autor da pesquisa da Florida. "Os menos susceptíveis ao vício são aqueles apresentados ao jogo na faixa dos 27 anos."



Por muito tempo, os médicos relutaram em aceitar a ideia de que desvios de comportamento como o jogo compulsivo podiam ser considerados um vício. Agora existem poucas dúvidas de que o efeito do jogo sobre o cérebro pode, em alguns casos, equivaler a uma dose de substância tóxica. A edição de Novembro da revista Science, uma das mais respeitadas publicações científicas do mundo, traz um estudo quase conclusivo a respeito do poder viciador do jogo e de outros comportamentos que os psicólogos chamam de "recompensadores" – como comer demais ou fazer sexo compulsivamente. "Nos últimos seis meses, mais e mais especialistas se renderam à ideia de que o processo cerebral que deflagra o vício químico é o mesmo desencadeado pelo jogo compulsivo", disse à Science Alan Leshner, director do Nida, o instituto americano de estudos do abuso químico. A relação entre os diversos vícios é tão próxima que 20% das pessoas que se excedem nas drogas e no álcool também têm problemas com jogatina. Um estudo recente que utilizou escaneamento do cérebro, realizado na Universidade Harvard, indica que o mecanismo cerebral de jogadores compulsivos é similar ao de um viciado em cocaína e de um iniciante no uso de ópio. "Isso explica por que o jogo passa a ser mais importante que a família e o trabalho, ao ser encarado como a única fonte de prazer", diz o médico Mark Gold, do Instituto do Cérebro da Universidade da Florida, especialista em casos de vícios.

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António Inglês

sexta-feira, 4 de abril de 2008

OS NOVE PECADOS QUE NOS PODEM CAUSAR VÍCIOS V!

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5 – COMIDA

A obesidade atingia, em 2005-2006, 16,5% dos portugueses com mais de 18 anos, segundo o Instituto Nacional de Saúde. As estatísticas mostram também que os homens, 20,8%, sofrem mais deste problema do que as mulheres, 16,6%.



Obesidade - A culpa

Chega a ser um contra-senso nos dias de hoje, em que vivemos numa sociedade "dita" moderna, quando o homem há muito tempo já pisou na lua, sendo o progresso da ciência e a Medicina indiscutíveis a obesidade avançar em proporções alarmantes. Cerca de um terço dos americanos são considerados obesos, partindo de padrões básicos de percentual de gordura para determinar a obesidade.

Acima de 20% para os homens e 30% para as mulheres. No Brasil os números não são muito diferentes e o grande vilão da obesidade é justamente as facilidades oferecidas pelo mundo moderno. Uma das pesquisas americanas dão conta que dos mais de 2kg de gordura por ano acrescidos no peso corporal, 1 é culpa dos controles remotos. Aperta-se botão para tudo: televisão, vídeo-cassete, som, acendimento automático de lâmpadas, vidro eléctrico no carro, escada rolante e muito mais. Ou seja, a lei do menor esforço é parceira da gordura, das doenças cardiovasculares, da hipertensão arterial, do diabetes, do câncer entre outras. Portanto, o excesso de peso não deve ser encarado como um factor apenas estético. É um problema crónico de saúde pública relatado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos E.U.A. Um terço das mortes por câncer de mama e endométrio estão, segundo relatórios médicos dessas entidades, relacionadas ao excesso de gordura, mais de 30% de percentual. Dois terços ficam por conta das cardiopatias inerentes à obesidade.



Da mesma forma, parece um contra-senso saber que os governos gastam fortunas com programas espaciais, prémios aos futebolistas de selecção nacional, entre outros, quando as verbas destinadas à prevenção da obesidade é quase nenhuma. Das seis principais doenças, as cardiovasculares arrancaram dos cofres públicos dos E.U. 22,2 biliões de dólares no ano de 1986, só em custos médicos. Em 1994 os valores totais já haviam ultrapassado a casa de um trilião de dólares. No Brasil não é muito diferente.

...E de quem é a culpa? De um modo geral há uma tendência a acreditar-se que o excesso de comida venha a ser o principal factor da obesidade. A gente sabe que não é bem assim porque se assim fosse, bastaria uma redução e ou um controle alimentar qualquer e as pessoas emagreceriam com a maior facilidade. Umas têm tanta facilidade de engordar como dificuldade de emagrecer. Outras engordam e emagrecem com a maior tranquilidade.

Existem, sem dúvida nenhuma outros factores, tais como os genéticos, ambientais, sociais e provavelmente raciais. Uma família de gordos, certamente tem hábitos e valores incorporados, que se tiver um magro no meio estará fora de sintonia. Entretanto, vale ressaltar que os distúrbios hormonais, segundo dados da O. M. S. (Organização Mundial de Saúde) e as fontes citadas por McArdle, raramente são apontados como a causa principal.

Pode sim, é a obesidade gerar uma série de distúrbios hormonais que acabam invertendo a ordem dos culpados. Ou seja, não é o distúrbio hormonal o causador, e sim a obesidade a causadora dos supostos distúrbios vindo em cascata.




Há alguns anos fala-se na mutação do gene OB. como responsável pela obesidade. Com base em pesquisas com ratos, constatou-se que esse gene tem acção directa numa proteína, descoberta em 1994, produzida no tecido adiposo e transportada pela circulação sanguínea para o cérebro chamada de Leptina (Do Grego Leptos significando magro) ou simplesmente OB. Sua acção é controlar a saciedade de acordo com a quantidade calórica dos alimentos ingeridos para manter o nível de gordura corporal. É como se fosse, por assim dizer, uma válvula instalada no hipotálamo regulando a ânsia de comer. A leptina quando injectada em cães mostrou ser capaz de reduzir o peso corporal e o tecido adiposo. Aquele sujeito que costumamos dizer: "não engorda de ruim", especula-se ter uma boa produção de leptina. Sortudo, não? As pessoas excessivamente gordas teriam o gene OB. defeituoso a tal ponto de nunca se sentirem saciados e comerem compulsivamente.

A teoria de se comer vagarosamente, mastigando bem os alimentos, procurando saboreá-los com o máximo prazer, se baseia nisso. Ou seja, comendo devagar dá tempo para o organismo desenvolver o mecanismo reflexo da saciedade, estimulando a leptina, ingerindo menos quantidade de comida ou, na medida certa das necessidades orgânicas. Outro factor bem estabelecido, é que o peso corporal não é o vilão das doenças cardiovasculares e sim o percentual de gordura. Pessoas corpulentas e pesadas, mas com o percentual de gordura normal não são susceptíveis a cardiopatias. Ao contrário, pessoas de menor estatura porém gordas correm um risco bem mais alto. Isso é um fato.



Riscos da obesidade para a saúde

Obesidade é mais do que um problema com a aparência, é um perigo para a saúde. Milhares de mortes relacionadas à obesidade acontecem todos os anos. Vários problemas médicos graves têm sido relacionados à obesidade, incluindo diabetes tipo 2, doenças no coração, pressão alta e enfarto. Obesidade também está relacionada a maiores taxas de certos tipos de câncer. Homens obesos têm maior probabilidade de morrer de câncer de cólon, recto ou próstata. Mulheres obesas têm mais chances de morrer de câncer de mama, útero e ovários.

Outras doenças e problemas de saúde relacionado à obesidade incluem:

· Cálculo biliar e doença na vesícula biliar.

· Doença no fígado

· Osteoartrite, uma doença na qual as articulações se deterioram. Isso pode ser resultado de excesso de peso nas articulações.

· Gota, outra doença que afecta as articulações.

· Problemas pulmonares, incluindo apnéia do sono na qual a pessoa para de respirar por curto período de tempo enquanto dorme.

· Problemas no sistema reprodutivo de mulheres, incluindo infertilidade e irregularidades no ciclo menstrual.

Profissionais da saúde geralmente concordam que quanto mais obesa for a pessoa, maior probabilidade terá de desenvolver problemas de saúde.



Consequências sociais e psicológicas

Sofrimento emocional pode ser uma das partes mais dolorosas da obesidade. A sociedade dá importância à aparência física e geralmente associa ser atraente a ser magro, especialmente em mulheres. Essas mensagens fazem as pessoas obesas sentirem-se sem atractivos.

Muitos pensam que pessoas obesas são gulosas, preguiçosas ou ambos. Como resultado, pessoas obesas geralmente enfrentam preconceito ou discriminação no mercado de trabalho, escola e eventos sociais. O sentimento de rejeição, vergonha e depressão são comuns


Causas da obesidade

Em termos científicos, a obesidade acontece quando uma pessoa consome mais calorias do que queima. As causas para o desequilíbrio entre calorias ingeridas e queimadas podem variar de pessoa para pessoa. Factores genéticos, ambientais e psicológicos, entre outros, podem causar a obesidade.



O que é obesidade e como é medida?

Para a maioria das pessoas o termo "obesidade" significa estar muito acima do peso. Profissionais da saúde definem "acima do peso", ou sobrepeso, como o excesso de peso corporal que inclui músculos, ossos, gordura e água. Obesidade especificamente refere-se ao excesso de quantidade de gordura corporal. Alguma pessoas, como fisiculturistas e outros atletas com muitos músculos, podem estar com sobrepeso sem serem obesos.




Como a obesidade é medida?

Todos nós precisamos de certa quantidade de gordura corporal para armazenar energia, isolamento de calor, absorção de impacto e outras funções. Como regra, mulheres têm mais gordura corporal do que homens. A maioria dos profissionais da saúde concorda que homens com mais de 25% de gordura corporal e mulheres com mais de 30% apresentam obesidade.

Medir a exacta quantidade de gordura corporal numa pessoa não é fácil. A formas mais precisas de medir são pesar a pessoa sob a água ou usar um teste raio-x chamado radioabsorciometria de feixes duplos. Esses métodos não são práticos para a maioria das pessoas e são feitos somente em centros de pesquisa com equipamentos especiais.

Há métodos mais simples para estimar a quantidade de gordura corporal. Um deles consiste em medir a espessura da camada de gordura abaixo da pele em varias partes do corpo. Outro método é enviar quantidade inofensiva de electricidade através do corpo da pessoa. Ambos os métodos são usados em academias e programas de emagrecimento comerciais. Porém, os resultados desses métodos podem não ser precisos se forem feitos por pessoas inexperientes ou em alguém com obesidade severa.



Tratamento da obesidade

Profissionais da saúde geralmente concordam que pessoas com um índice de massa corporal ( IMC ) acima de 30 podem melhorar sua saúde ao emagrecer. Isso é especialmente verdadeiro para pessoas com obesidade severa.

Prevenir ganho de peso adicional é recomendado se você tem um índice de massa corporal entre 25 e 29,9, a menos que possua outros fatores de risco. Especialistas em obesidade recomendam que você tente perder peso se tem um ou mais dos pontos abaixo:

· Histórico familiar de certas doenças crónicas. Se tem parentes próximos com doença cardíaca ou diabetes, então há maior probabilidade de você desenvolver esses problemas se estiver obeso.

· Problemas médicos pré-existentes. Pressão alta, colesterol elevado ou alto nível de açúcar no sangue são sinais de alerta de algumas doenças relacionadas à obesidade.

· Corpo em "forma de maçã". Se o seu peso estiver concentrado ao redor da cintura, então você tem maior risco de doença cardíaca, diabetes ou câncer do que pessoas com o mesmo peso mas com corpo em "forma de pêra".

Felizmente, uma perda de peso de 5 a 10% pode fazer muito para melhorar a saúde ao baixar o colesterol e a pressão arterial. Adicionalmente, estudos recentes têm mostrado que uma perda de peso entre 5 e 7% pode prevenir a diabetes tipo 2 em pessoas com alto risco para essa doença.



Como é o tratamento da obesidade ?

O método para tratamento depende do nível da obesidade, condição geral de saúde e motivação para perder peso. O tratamento da obesidade pode incluir uma combinação de dieta, exercícios físicos, mudança de comportamento e algumas vezes remédios para emagrecer. Em alguns casos de obesidade severa, a cirurgia para redução de estômago (bariátrica) pode ser recomendada. Lembre-se que o controle de peso é um esforço para toda a vida.



Tipos de obesidade
Obesidade mórbida e do tipo maçã e pêra

Os tipos de obesidade podem ser classificados em termos absolutos ou relativos. Na prática, os tipos de obesidade são avaliados em termos absolutos ao medir o IMC (índice de massa corporal), mas também pela distribuição da gordura através da medição da circunferência da cintura ou da taxa de cintura x quadril. Adicionalmente, a presença de obesidade deve levar em conta o contexto de outros factores de risco para a saúde.



Tipos de obesidade pelo IMC

O IMC é um método simples amplamente usado para estimar a gordura corporal. Ele é calculado dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado: IMC = peso / (altura)2. Então, uma pessoa com 80 kg e 1,70m teria IMC de 80 / (1,7)2 = 27,68. A classificação pelo IMC mais utilizada segue os seguintes valores:

Condição

IMC em adultos

abaixo do peso

abaixo de 18,5

no peso normal

entre 18,5 e 25

acima do peso

entre 25 e 30

obesidade

entre 30 e 40

obesidade mórbida

acima de 40

A pessoa também pode ser classificada como tendo obesidade do tipo mórbida com um IMC maior que 35 e presença de um outro problema de saúde significativo (co-morbidade). A interpretação do IMC também pode levar em conta a etnia, massa muscular, idade, sexo e outros factores. O IMC superestima a gordura corporal de pessoas musculosas e subestima a de indivíduos que perderam massa corporal como os idosos.



Circunferência da cintura e tipos de obesidade

O IMC não leva em conta as diferentes taxas de tecido adiposo e magro; nem distingue entre os diferentes tipos de adiposidade, alguns dos quais podem correlacionar-se mais de perto com riscos cardiovasculares. Estudos têm mostrado que a gordura visceral ou obesidade central, popularmente conhecida como obesidade do tipo maçã, tem relação muito mais forte com doenças cardiovasculares. A obesidade do tipo maçã ocorre quando os principais depósitos de gordura corporal estão localizados ao redor do abdômen e na parte superior do corpo. Já na obesidade do tipo pêra a gordura corporal é mais armazenada nas coxas logo abaixo da superfície da pele e apresenta riscos menores à saúde. A circunferência absoluta da cintura (maior que 102 cm em homens e que 88 cm em mulheres) ou taxa de cintura x quadril (maior que 0,9 em homens e que 0,85 em mulheres) são métodos usados para medir a obesidade central, ou do tipo maçã.



Medição do percentual de gordura corporal

Outra forma de determinar a obesidade é medindo o percentual de gordura corporal. Geralmente é aceite que homens com mais de 25% e mulheres com mais de 30% de gordura corporal são obesos. Porém, é difícil medir a gordura corporal precisamente. O método mais aceite tem sido a medição do peso da pessoa sob a água, mas esse procedimento é limitado a laboratórios com equipamento especial. Dois métodos mais simples para medir o percentual de gordura corporal são a medição de dobras cutâneas e análise de impedância bioelétrica.



Factores de risco e co-morbidades

A presença de factores de risco e doenças associadas à obesidade também são usadas para estabelecer diagnostico clínico. Doença cardíaca coronária, diabetes tipo 2 e apnéia do sono são factores de risco que podem indicar tratamento clínico para obesidade. Tabagismo, hipertensão, idade e histórico familiar são outros factores de risco que pode indicar tratamento da obesidade.

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António Inglês

quinta-feira, 3 de abril de 2008

OS NOVE PECADOS QUE NOS PODEM CAUSAR VÍCIOS IV!

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4 – CAFEÍNA

O consumo de café per capita, em Portugal, ultrapassa os dez gramas diários, o equivalente a dois cafés em cada três dias por pessoa. Entre 1990 e 2003, o aumento foi de 18%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística



CAFEÍNA E FERRUGEM NO CAFÉ

Uma taça normal de café (15 gramas de café moído) contém de 0,1 a 0,2 gramas de cafeína; o corpo necessita de 10 a 12 horas para a sua eliminação e, assim, quando uma pessoa durante o dia toma duas chávenas de café, a cafeína que absorveu com a primeira não está eliminada quando toma a segunda; esta facto, com o desenvolvimento do hábito, provoca queimaduras cada vez mais acentuadas nas fibras do organismo. Isto é muito importante porque pode servir de princípio para a degeneração dos tecidos .

Quando a tensão arterial enfraquece e a circulação sanguínea encontra redobrada resistência, tem então a cafeína oportunidade de levantar momentaneamente a tensão e acelerar o ritmo do coração, podendo assim suportar uma maior pressão.

A acção da cafeína pode ser extraordinariamente diferente de pessoa para pessoa. A sua acção principal produz-se no sistema nervoso, no aumento da sua excitabilidade. A percepção dos coisas exteriores é diminuída , como acontece com o cansaço (ou o álcool). A reacção está de uma maneira extraordinária dependente da situação no momento da estimulação . E isto nota-se também no desporto: com pequenas doses de cafeína, dá-se realmente um aumento de ritmo de trabalho nos músculos cansados, com tendência para elevar esse ritmo a um degrau superior.,



Mas o desportista também deve contar com o facto de que o hábito contraído pelo corpo na absorção da cafeína é muito mais forte do que o que exerce o tabaco e que, quando termina a acção da cafeína, a disposição do corpo à fadiga é muito maior.

Quando então o organismo se prepara para o esforço máximo, necessita de nova infusão e torna-se tributário do café como de um dopping.

Investigações chegaram à conclusão que o aumento do ritmo de trabalho do coração depois da absorção da cafeína consegue-se com perda de potência física básica do corpo.

A cafeína não constitui o único problema do café. Os produtos com forte dose de ferrugem que contém também são nocivos mas em contrapartida proporcionam aquele paladar tão agradável e, para tantos, irresistível. A questão de fundo, aquela na qual eu sempre insisto em cada sessão do Conselho Científico da Associação Internacional para o Estado e Investigação dos tecidos vitais do corpo humano, parece-me ser a economia das funções do organismo, que pode levar cada pessoa a proteger-se das doenças da civilização.



O aroma de um café bem torrado e de boa qualidade tem o cheiro mais belo de todos os condimentos, muito melhor que o do tabaco ou do vinho. Uma mesa posta com esta bebida quente e fumegante, exala um aroma agradável.

A eficiência principal do café é a cafeína. A cafeína usa-se hoje como remédio. Em doses pequenas e médias atrasa a circulação sanguínea e em doses maiores acelera-a.

Pessoas facilmente irritáveis, especialmente as que tenham um leve aumento da actividade da glândula tiróide, sentem palpitações logo após o uso do café, porque a cafeína aumenta a função do coração e do pulso. Também não podem dormir de noite, mesmo que bebam café à tarde, porque a eliminação à tarde faz-se de 8 a 12 horas, embora varie com os indivíduos.

O organismo habitua-se à cafeína. As doses devem ser aumentadas. Em vez do «garoto» da tarde já se precisa de um chávena de café.

Mas há também pessoas que dormem bem com o café. Estas não reagem à cafeína que excita o sistema nervoso central e o centro vasomotor, pelo que ficam contraídos os vasos sanguíneos do ventre. O vácuo normal do sangue na cabeça depois das refeições principais, originado pelo afluxo de sangue aos órgãos digestivos, fica compensado pela cafeína. Mas a cafeína dilata os vasos coronários, aumenta a energia cardíaca e exerce efeitos na eliminação da água.

O aumento da irritabilidade pela cafeína origina desassossego, insónia , sentido de calor, suores, tremor de mãos. Algumas pessoas sofrem de palpitações e angústias. Outras têm azia, dores de estômago, fígado e solturas. Mas ainda não se sabe se este efeito é provocado pela cafeína ou se pelos produtos da torrefacção.



A CAFEÍNA

No sistema reticular, cujos efeitos de amortecimento seriam frenados, de modo que as excitações do sistema nervoso central são essencialmente acções estimulantes e psicotónicas, sendo também estimulantes dos centros medulares, do centro respiratório, vasomotor, vagal e da própria condução dos estímulos na espinal medula.

Sobre a respiração , além da acção analéptica central, a cafeína facilita-a por dilatação brônquica, o alargamento das artérias pulmonares e o aumento de aporte sanguíneo pulmonar, com baixa de tensão alveolar de CO2.

Sobre o coração provocaria bradicardia , em pequenas doses, mas taquicardia em doses mais elevadas, havendo também uma acção inotrópica que não é devida a uma estimulação do simpático mas a uma acção directa no músculo cardíaco.

No sistema vascular destaca-se a acção relaxante sobre a musculatura lisa das artérias, particularmente da pele e dos rins, com baixa de resistência periférica e da pressão arterial pulmonar. Haveria dilatação dos vasos coronários com aumento de utilização de 02, não sendo nítida a acção nas artérias cerebrais. A cafeína aumenta a força muscular; há aumento de metabolismo e diminuição da fadiga. Promove diurese, inibindo a reabsorção.

Só 1% de cafeína é que é eliminada sem modificação; 20% é eliminada sob a forma de 1-metil xantina, 20 a 30 % sob a forma de 1-etil-ácido úrico.



Note-se que a absorção por via intestinal é completa e rápida, acompanhando-se de um aumento da secreção do estômago, com aumento de acidez e de volume. A absorção da cafeína, contida no café, é mais lenta do que a da cafeína pura, em solução aquosa.

A cafeína também promove uma perda de gordura dos depósitos e um aumento de ácidos gordos livres no soro e um aumento de gordura no fígado. Experimentalmente, não foi possível obter no animal fígado gordo, mesmo com altas doses de cafeína, administradas durante longos períodos de tempo.

A semelhança da cafeína, como derivado das purinas, com as bases púricas dos ácidos nucleicos , tornam a cafeína particularmente suspeita de poder provocar mutações no material genético. Este efeito mutagénico da cafeína pareceu provável , em estudos feitos com diferentes microorgnismos, cromossomas de plantas e recentemente na «Drosophilla melanogaster». Em doses muito altas, a cafeína causa também rupturas nos cromossomas de células de Hela e nos linfócitos humanos em cultura. Nos estudos até hoje feitos em seres humanos, não se verificou qualquer efeito mutagénico com o café e a cafeína.

Note-se que os efeitos mutagénicos nas mulheres só são possíveis antes do nascimento , porque as mulheres nascem com o conjunto dos ovos que vão ser fecundados no decorrer da vida , de modo que nela só se põe o problema de possíveis efeitos teratogénicos que até hoje nunca foram observados com a cafeína. As acções mutagénicas só seriam possíveis no homem que reduplica, constantemente, por meio da espermatogénese, os seus ácidos desoxiribonucleicos e ácidos nucleicos.



RISCOS CARDÍACOS

Seis chávenas de café por dia parece ser o limite para que não se corra quaisquer riscos adicionais de doenças coronárias. Quem o afirma é um grupo de cientistas norte-americanos da Universidade de Harvard, num estudo publicado pelo «New Englad Journal Of Medecine».

Efectuado durante quatro anos e envolvendo 45.589 americanos do sexo masculino, o estudo agora tornado público revela também que a versão descafeinada aumenta em 60 por cento os riscos de um ataque cardíaco.

As crianças podem nascer deformadas, se as suas mães beberem demasiado café com cafeína durante a gravidez, divulgou um grupo norte-americano para a defesa do consumidor.

O Centro para a Ciência no interesse público disse que o conselho mais seguro que os médicos podem dar às mulheres grávidas é o de abdicarem de beber café, chá e outras bebidas com cafeína.



O grupo apresentou uma petição à administração de alimentação e Drogas (AAD) , pedindo que as latas e pacotes de café e chá sejam assinalados em rótulo com um aviso às mulheres grávidas - consumir café ou chá pode causar defeitos de nascença ou outros problemas de reprodução.

O grupo dizia que a AAD devia desencadear uma campanha educacional pública para que as «mulheres possam identificar o café e o chá como aumentando o risco de problemas reprodutivos.»

Um porta-voz da mesma entidade disse que a agência se prepara para «desenvolver regulamentações propostas sobre a cafeína, incluindo a que se encontra no café.»

O informador acrescentou também estarem em discussão a possibilidade de colocar uma etiqueta de aviso e a de eliminar a cafeína como aditivo em certas colas.»

A petição adianta que estudos feitos em animais provam que a substância é a causadora de algumas deformações graves como fendas palatinas e falta de dedos nas mãos e nos pés.

O grupo calcula que, em cada ano, 13 por cento de todas as mulheres grávidas norte-americanas, cerca de 400 mil, «bebem cinco ou mais chávenas de café por dia» e «recomenda que qualquer dose de consumo de cafeína deve ser escrupulosamente evitada durante a gravidez.»



As pessoas que bebem uma chávena o duas de café diariamente têm o dobro de hipóteses de cancro no pâncreas.

A informação está contida num relatório divulgado por um grupo de peritos da Universidade de Harvard, que revela que o consumo de café poderá estar na origem de mais de metade das 20 mil mortes por cancro no pâncreas registadas anualmente nos estados Unidos.

O investigadores advertem , no entanto, que embora tenham encontrado uma forte ligação entre o consumo de café e a citada doença maligna, não possuem ainda provas concludentes de que o café causa efectivamente o cancro no pâncreas.

Os cientistas de Harvard não encontram qualquer associação entre o consumo do chá e o cancro pancreático, sugerindo deste modo que a cafeína, um estimulante presente no café, no chá e nas colas, não constitui um factor causador da doença.

O pâncreas é uma glândula situada ao nível do estômago que produz sucos digestivos e contém células que geram insulina. Quando este órgão se torna canceroso, as perspectivas de sobrevivência são escassas.

A sociedade oncológica norte-americana calcula que menos de 10 por cento das vítimas de cancro no pâncreas conseguem resistir à doença mais de cinco anos.



MALEFÍCIOS DA CAFEÍNA

A cafeína produz maior clareza de ideias, alivia a sonolência e a fadiga e permite a um indivíduo manter um esforço intelectual durante mais tempo.

As bebidas são a principal fonte dietética da cafeína. O café e o chá são exemplos óbvios mas as bebidas à base de cola e o cacau são outras fontes a considerar.

O café contém mais cafeína, com 100 a 150 miligramas por chávena. Uma chávena de chá contém cerca de 90 miligramas. Uma garrafa de Coca-Cola contém cerca de 55 miligramas de cafeína. As bebidas à base de cola têm, em geral, um conteúdo de cafeína que vai de 40 a 72 miligramas por garrafa normal de cerca de 3 decilitros. Uma chávena de cacau contém cerca de 50 miligramas e uma vulgar barra de chocolate ceca de 3 miligramas.

O dr. Walter Silver, especialista em doenças de crianças do Hospital Moimonides, em Brooklyn, Nova Iorque, diz que as bebidas à base de cola são, provavelmente, uma das causas da incapacidade de dormir e da hiperactividade entre as crianças.

De acordo com a Pepsy-Cola Company, as crianças não são grandes consumidoras de cola. Os maiores consumidores estão nos últimos anos da segunda década, primeiros da terceira



A classe médica é propensa ao vício. Alguns sintomas deste vício são incapacidade para dormir, febre baixa, irritabilidade e amargura. De acordo com o «The Pharmalogical Basis of Thereaupeutics», uma publicação médica básica, o ritmo anormal ocasional do coração pode ser encontrado nas pessoas que fazem uso em excesso de bebidas com cafeína.

Foram feitos estudos para determinar as causas do cancro, dos defeitos de nascimento e de mutação da cafeína.

Um estudo feito por Philip Cole, do Departamento de Epidemiologia do Centro Kresge para a Saúde Ambiental da Universidade de Harvard, descobriu que os grandes bebedores de café eram mais susceptíveis ao cancro do que os não bebedores.

Um estudo alemão, apoiado pela província de Nordheim- Westfalia, indicou que pode haver efeitos de mutação na cafeína nos organismos superiores.

Um estudo japonês chegou à conclusão de que injecções de cafeína em fêmeas de rato grávidas, em quantidades equivalentes a 50 ou 100 chávenas de café por dia, levou a defeitos de nascimento em 6 a 20 por cento das ninhadas.

Investigações em França, Alemanha e Inglaterra, determinaram defeitos de nascimento em 1 a 3 por cento das ninhadas, quando os ratos fêmeas grávidas foram alimentadas com o equivalente a 25 chávenas de café por dia.



CAFÉ COM LEITE: A MISTURA EXPLOSIVA

A dispepsia do café com leite resulta de três espécies de fenómenos:

a) Uns são devidos ao café, responsável das perturbações distónicas que afectam o sistema nervoso central e o sistema nervoso autónomo, devido aos seus derivados xânticos.

Por outro lado, exalta as secreções gástricas, acarretando perturbações de carácter dispéptico, do tipo hiperesténico.

Além disso, o café tem um PH de 5,8, facto que lhe confere características de bebida ácida capaz de agravar a hiperactividade de alguns estômagos. E também aumenta o peristaltismo intestinal.

b) Os segundos derivam do leite, que é um alimento gordo. Tomado bastante quente é, como todas as gorduras, de digestão difícil.

c) Os últimos e decerto os mais importantes, são consequências da mistura.

O tanino do café, quando no estômago, em meio ácido, faz precipitar a caseína do leite, sob a forma de grumos insolúveis que os sucos só com muita dificuldade atacam.

O composto designado tanato de caseína só é solúvel depois de atravessar a barreira do piloro, já no intestino delgado, portanto em meio alcalino.



Os trabalhos de Crider, Thomas e Hunt permitem pensar que os mecanismos da evacuação gástrica resultam muito mais do aumento do peristaltismo e do tono da região vizinha do piloro do que do aumento do tono de todo o estômago e da pressão intragástrica global.

Os trabalhos de Wheelon , Crider e Thomas revelaram que no período da actividade digestiva, quando o antro se contrai, piloro e o duodeno relaxam-se à cadência de três a quatro vezes por minuto, de acordo com a lei de Bayliss e Starling, segundo a qual toda a contracção segmentar progressiva é precedida de relaxação e inibição do segmento descendente.

Estes fenómenos de motricidade, segundo Hunt, ligados com a sensibilidade dos receptores da pressão osmótica do quinto duodenal, assim comandando a regulação da bombagem gástrica e a acção inibidora sobre a evacuação do estômago.



Tal como os ácidos fortes, os alcalinos ou quaisquer soluções hipertónicas só transpõem a barreira do piloro quando a sua diluição os torna aceitáveis pelo duodeno (segundo Carrot); e do mesmo modo as proteínas, quando insuficientemente atacadas pelos sucos gástricos, e com razões mais fortes quando ficam insolúveis, exercem, por meio de receptores duodenais, um efeito inibidor sobre o peristaltismo do antro do piloro.

O tanato de caseína (proteína insolúvel) reage de maneira idêntica e suscita perturbações da porção antro-duodenal. É essa a razão pela qual o café com leite é indigesto.

As bebidas cafeínicas contendo não só as purinas mas ainda tanino, apresentam para as albuminas do leite os mesmos inconvenientes. O chá, o mate, o guaraná, a cola, o cacau, são alvo das mesmas críticas.

Entre os malefícios que têm sido atribuídos à cafeína, indicam-se os seguintes:

  • Taquicardia
  • Ataques cardíacos
  • Mutações genéticas nos nascimentos
  • Febre baixa
  • Irritabilidade
  • Amargura
  • Insónia
  • Dispepsia
  • Cancro no pâncreas
  • Atraso de circulação
  • Hipertensão
  • Dificuldades de digestão
  • Excitabilidade


Mas investigações realizadas atenuam alguns destes malefícios, atribuindo a outras componentes da bebida «café» os prejuízos normalmente assacados à cafeína.

Entre esses componentes suspeitos, indicam-se:

  • Ferrugem do café (responsável pelo aroma que torna esta bebida tão procurada)
  • Produtos que entram na torrefacção do café
  • Tanino
  • Produtos xânticos
  • Ferrugem
  • Estas hipóteses parecem ser confirmadas pelo facto de que ao famoso «descafeinado» pode igualmente ser acusado de prejuízos para a saúde, nomeadamente ataques cardíacos.

Mistura comprovadamente nefasta é a do leite com café, tendo sido notados alguns sinais clínicos :

  • Peso na região epigástrica
  • Dores do hipocôndrio direito
  • Língua saburrosa
  • Dispepsia
  • Amargos de boca
  • Náuseas
  • Vómitos ou regurgitações
  • Flatulência
  • Eructações
  • Queimadura na região retro-estenal
  • Diarreia c/ cólicas


Poderá avaliar-se até que ponto o hábito de tomar, ao pequeno almoço, chá ou café com leite, como acontece em países como a Grã Bretanha, possa constituir um problema de saúde pública, ainda que ignorado na sua verdadeira causa.

O menos falado dos culpados e provavelmente o principal é o açúcar refinado que se junta maquinalmente à bebida «café», no benemérito propósito de cortar o seu maravilhoso sabor amargo.

Muitos dos sintomas e mal estar experimentados por alguns viciados, terá a ver mais com o açúcar e/ou com a mistura de leite do que propriamente com a inocente cafeína, esse alcalóide que dá tanto colorido à vida e a certos alimentos...

Esquece-se muitas vezes que a cafeína não existe só na café ao qual dá o nome mas em outros produtos:

  • Chá (Teína/Teofilina)
  • Mate
  • Guaraná
  • Cola
  • Cacau

Publicamos hoje um dossiê com várias opiniões sobre café e cafeína, abrindo assim um debate que iremos prosseguir com outros testemunhos e posições



CAFEÍNA INIBE A SÍNTESE DO ADN

A cafeína, alcalóide contido no café, seria uma substância muito perigosa, conforme sublinhou em Friburgo, o dr. W. Ostertag, do Instituto de Genética Humana da Universidade de Munster.

Segundo Ostertag, não se pode pôr em dúvida que a cafeína e o grão de café produzem efeitos até agora ignorados ou minimizados.

É conhecido o facto de que os cromossomas, portadores da hereditariedade, são especialmente sensíveis aos influxos que produzem variações. Vinte e quatro horas a seguir à aplicação da cafeína numa cultura de células, começaram a registar-se profundas trocas denominadas «rotura cromossómica» e «aberrações cromossómicas» que afectavam a substância hereditária fundamental, o ADN (ácido desoxiribonucleico) até ao ponto de se poderem produzir mutações no espaço exterior do ser objecto da experiência.

Sob a influência da cafeína, fragmentou-se o núcleo e os seus componentes foram expelidos.

Não se conhece nenhum agente químico que chegue a produzir efeitos semelhantes.

A substância similar contida no Chá, a Teofilina, apenas produz a décima parte dos efeitos registados com a cafeína.



O efeito mais ameaçador consiste não apenas em que se iniba a síntese própria do ADN na célula imprescindível à vida, mas em que a cafeína actue como agente mutante, mesmo quando esta síntese já tenha sido efectuada.

Como a cafeína actua sobre as gónadas masculinas e femininas humanas, não pode evitar-se a suspeita de que este produto produza lesões hereditárias.

Criou-se recentemente a denominação «Farmacogenética», com a qual se classificam determinados fármacos que actuam sobre a génese ou seja, sobre o idioplasma.

Isto é válido para substâncias como o Treminon, utilizado no tratamento anticanceroso e para o Metotrexat, usado em clínicas dermatológicas e que impede também a síntese do ADN. Produzem temidas ruturas cromossómicas e importantes mutações.

Textos e fotos da Net

António Inglês