sábado, 5 de janeiro de 2008

PARA OUVIR E VER EM SILÊNCIO!

BREVE REFERÊNCIA A ALGUNS QUE NOS DEIXARAM EM 2007


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Morre aos 94 anos o director de cinema Michelangelo Antonioni


O cineasta italiano Michelangelo Antonioni morreu a 30 de Julho, calmamente em sua casa, com sua mulher, Enrica Fico, a seu lado, aos 94 anos de idade, Com uma carreira de mais de seis décadas, foi o autor de filmes como "Profissão: Repórter" (1975), "Blow Up - História de Um Fotógrafo" (1966) ou "A Aventura" (1960).

Com Antonioni morre não só um dos maiores realizadores mas também um mestre da modernidade, declarou o presidente da câmara de Roma, Walter Veltroni, em comunicado.

Antonioni, um dos cineastas italianos modernos mais conceituados internacionalmente, alcançou a fama no fim da década de 60 e início da década de 70 com uma série de filmes individualizados.

Antonioni nasceu em 1912, no seio de uma família burguesa em Ferrara, no Norte de Itália. Estudou Economia e Comércio na Universidade de Bologna e em 1940 foi para Roma, onde ingressou no Centro Sperimentale di Cinematografia. Colaborou com a revista "Cinèma", considerada uma publicação de resistência ao regime fascista.

O seu percurso internacional ficou marcado por prémios como o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 1964, pelo filme "O Deserto Vermelho"; a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1967, pelo filme "Blow Up - História de um Fotógrafo"; e um prémio especial atribuído pelo júri do Festival de Cannes, pelo filme "Identificação de Uma Mulher", em 1982.

Em 1995 foi homenageado com o Óscar de carreira e em 1997 recebeu o Leão de Ouro em Veneza, como reconhecimento pelo seu percurso de realizador.

O filme "A Aventura" marca o início do cinema introspectivo. Antonioni fala das dificuldades das relações humanas e da fragilidade dos sentimentos. Ganha maior notoriedade com o primeiro filme em inglês “Blow Up - História de um Fotógrafo”, que, como o nome indica, conta a história de um fotógrafo de moda que descobre nos seus negativos que foi testemunha de um assassínio em Londres.

O publico aproxima-se a pouco e pouco dos seus filmes, muitas vezes difíceis de digerir, mesmo que estejam perfeitamente encaixados num plano estético.

Paralisado por um ataque cerebral em 1985, Antonioni foi homenageado pelo cinema italiano por ocasião dos seus 90 anos, numa cerimónia em Roma, em Setembro de 2002.

Nestes últimos anos, muito afectado pela doença, refugiou-se num mundo de cor, tendo feito colagens que estiveram expostas em Roma em Outubro de 2006.


Morre o violoncelista e regente russo Mstislav Rostropovich


MOSCOVO - O violoncelista e compositor russo Mstislav Rostropovich, que se tornou um símbolo internacional da luta pela liberdade artística sob o governo soviético, morreu aos 80 anos.

É com grande tristeza que a Agência Federal de Cultura russa é obrigada a anunciar que no passado dia 27 de abril, morreu o grande músico Mstislav Rostropovich - anunciou uma porta-voz da agência estatal de cultura da Rússia.

Citando uma fonte próxima ao músico, as agências de notícias russas disseram que Rostropovich morreu num hospital de Moscovo depois de uma doença prolongada.

No mês passado Rostropovich, já enfraquecido, compareceu à comemoração de seu 8Oº aniversário, no Kremlin, onde foi festejado pelo presidente Vladimir Putin.

Mstislav Rostropovich foi uma das figuras culturais mais amadas da Rússia. Além disso, ganhou fama em todo o mundo como defensor dos direitos civis durante a era soviética.

Enquanto estava no exterior, em 1978, o Kremlin o destituiu de sua cidadania, devido a suas "actividades não patrióticas", segundo disseram os jornais oficiais.

O violoncelista tímido sofreu problemas por ter falado publicamente em defesa de seu amigo, o escritor Alexander Solzhenitsyn, e do dissidente Andrei Sakharov quando ambos foram atacados pelas autoridades soviéticas.

De volta a seu país, Rostropovich tornou-se um dos líderes do movimento democrático nascente no país, que acabou levando à queda da União Soviética. Ele esteve entre as multidões que desafiaram o golpe de Estado lançado pelos defensores da linha dura que tentavam reverter as reformas da perestroika de Mikhail Gorbachev.

Dias após a queda do Muro de Berlim, Rostropovich levou seu violoncelo e embarcou a Berlim para fazer um concerto de improviso, não anunciado, ao lado dos escombros do muro.

"Foi o que meu coração ditou," disse ele mais tarde.

Ele foi o número 1, de todas as maneiras. Ele é o último dos grandes titãs russos a deixar-nos.
Rostropovich não apenas foi um músico extraordinário, como também um grande humanitário e fonte de inspiração para inúmeros compositores que compuseram obras belíssimas especialmente para ele - disse ele à Reuters - Ele foi destemido em sua tentativa de proteger Solzhenitsyn e Sakharov. Era destemido e tinha um grande espírito. O homem foi nada mais, nada menos que um génio.

Rostropovich dividiu seus últimos anos de vida entre a Rússia, os Estados Unidos e a França. Ele e sua mulher, a soprano Galina Vishnevskaya, dirigiam uma fundação humanitária.



Anita Roddick, fundadora da marca The Body Shop


Anita Roddick, fundadora da marca de cosmética The Body Shop e uma das empresárias britânicas mais bem sucedidas, faleceu aos 64 anos, vítima de uma hemorragia cerebral.

Roddick fundou a The Body Shop em Brighton, no sul de Inglaterra, em 1976, começando por vender alguns produtos de beleza fabricados com produtos naturais, que sempre que possível importava de países em desenvolvimento. A loja em Brighton foi a primeira das mais de duas mil que a britânica abriu em todo mundo, nos últimos 30 anos.

Três décadas depois da sua fundação, a The Body Shop foi vendida, no ano passado, à empresa francesa L'Oreal, outra do ramo da cosmética.

Nos rótulos dos produtos da marca, Roddick fez questão de manifestar a sua defesa pelos direitos dos animais e o ambiente, afirmando que eram “cruelty-free” (livres de crueldade) e 100 por cento ecológicos.

Roddick revelou este ano que sofria de problemas no fígado, resultantes do vírus de hepatite C de que sofria há mais de 35 anos, contraído através de uma transfusão de sangue a que foi submetida no nascimento da sua filha mais nova.

Textos e Fotos tirados da Net e de Órgãos de Comunicação Social.
José Gonçalves




sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

À MINHA FAMÍLIA E AOS MEUS AMIGOS DEDICO ESTE PEQUENO FILME !

BEM HAJAM OS AMIGOS!!!

UM 2008 EM GRANDE PARA TODOS!!!

BREVE REFERÊNCIA A ALGUNS QUE NOS DEIXARAM EM 2007

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Entrados que estamos em 2008, que esperamos seja um ano de muita Paz, Amor, Saúde e Solidariedade para todos nós, irei fazer a partir de hoje um pequeno balanço que mais não será que uma pequena homenagem a alguns dos que nos deixaram no ano que findou, e que de uma forma ou de outra, sendo pessoas de relevo e de valor fora do comum, nos deixaram marcas da sua passagem entre nós.

Muitos foram os que partiram ao longo do último ano e que mereceriam igualmente uma referência à sua perda, mas não posso falar de todos e dos que falarei, foram aqueles que a memória me foi trazendo e achei importante relembrar, mesmo não respeitando a cronologia dos factos.

Aqui ficam portanto, e que Deus lhes dê e também a todos os que nos deixaram o justo descanso que merecem.

Como devem imaginar, tive de me socorrer de muitas noticias da Net e de alguns órgãos de comunicação social para fazer esta postagem. Espero ter sabido compilar tudo direitinho e se alguma falha existir, espero que compreendam que tentei fazer o melhor que pude.


Marcel Marceau, o mais famoso mímico do mundo


PARIS - O francês Marcel Marceau, que faleceu aos 84 anos, era o artista mais representativo da mímica. Em seis décadas de carreira ele fascinou o público dos cinco continentes graças a uma arte sem palavras, terna e comovedora, que ultrapassava fronteiras.

Nascido em Estrasburgo em 22 de Março de 1923, no começo da Segunda Guerra Mundial mudou-se para Limoges para escapar da perseguição nazista, onde se dedicou ao estudo das artes.

Aluno de Etienne Decroux, pioneiro da mímica moderna, foi professor de arte dramática em Paris e ao terminar a guerra mundial ingressou na companhia de Madeleine Reanud e Jean Louis Barrault onde se destacou no papel de Arlequim.

Sua energia e constituição física permitiram-lhe continuar actuando quase até o final de seus dias.

O "Charlie Chaplin da mímica" foi casado três vezes e era pai de quatro filhos. Fez duas notáveis incursões ao cinema como actor, com Roger Vadim em "Barbarella" (1968) e com Mel Brooks en "La Dernière folie" (1976).

Marcel Marceau morreu aos 84 anos. A notícia foi divulgada pela imprensa francesa, mas a família não forneceu detalhes sobre sua morte. Seu enterro ocorreu no dia 26 de setembro de 2007 no cemitério parisiense do Père-Lachaise na presença de cerca de 300 pessoas.



Morre o tenor italiano Luciano Pavarotti

Luciano Pavarotti , que nasceu em Módena a 12 de Outubro de 1935 e lá faleceu a 6 de Setembro de 2007, foi um cantor lírico italiano, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi. É merecidamente reconhecido como o tenor que popularizou a música clássica.

Pavarotti participou com os tenores espanhóis José Carreras e Plácido Domingo nos concertos "Os três tenores", e gravou famosos duetos com Frank Sinatra, Spice Girls, Bryan Adams, Andrea Bocelli, Queen, Céline Dion, Eros Ramazzotti, Jon Bon Jovi, U2 e Roberto Carlos, entre outros. É considerado um dos mais importantes tenores de todos os tempos. Cantou nos mais importantes teatros mundiais, como sendo o Teatro alla Scala (Milão), a Royal Opera House (Covent Garden, Londres), a Metropolitan Opera House (Nova Iorque), entre outros.

Pavarotti tem duas entradas no livro Guinness World Records: o maior número de chamadas ao palco — 165 — e o álbum de música clássica mais vendido de sempre (In Concert de Os Três Tenores partilhado com os colegas Plácido Domingo e José Carreras).

Iniciou a sua "torné" de despedida em 2004, aos 69 anos, após quatro décadas de palco.

Em 10 de Fevereiro de 2006, Pavarotti canta "Nessun Dorma" na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim

Desde 2006 que se submetera a tratamentos devido a um tumor no pâncreas, tendo sido operado em Julho de 2006, momento em que deixou de fazer aparições públicas. O seu estado de saúde agravou-se no Verão de 2007. Luciano Pavarotti esteve internado num hospital durante mais de duas semanas para tratamentos e diagnósticos, tendo regressado a casa em final de Agosto. O seu estado de saúde piorou significativamente em 5 de Setembro. Pavarotti morreu em sua casa na madrugada de 6 de Setembro de 2007, aos 71 anos de idade. A morte foi anunciada pelo empresário do cantor, Terri Robson.

Pavarotti actuou duas vezes em Portugal.
Em 13 de Janeiro de 1991 no Coliseu de Lisboa um concerto denominado "Uma Noite com Luciano Pavarotti". Pavarotti cantou árias de Donizetti, Verdi, Massenet, Puccini, Leoncavallo e canções napolitanas.

Em 21 de Junho de 2000 actuou no Estádio S.Luís, em Faro com cenário do arquitecto Tomás Taveira. Na viagem entre Lisboa e Faro, partiu-se um vidro do jacto privado do cantor, a cabine despressurizou e o avião caiu mais de três mil metros. O tenor não ganhou para o susto, comentando "Desta vez safei-me".

O incidente resultou numa "otite" e alguns problemas nas cordas vocais, pelo que teve de receber tratamento numa clínica próxima de Faro.



Boris Nikolayevich Yeltsin

Boris Nikoláievitch Iéltsin. que nasceu em Butka, Sverdlovsk a 1º de Fevereiro de 1931 e faleceu em Moscou a 23 de abril de 2007, foi um político russo, com um importante papel na história recente da União Soviética e da Federação Russa.

Era casado com Naina Iosifovna Ieltsina, com quem teve duas filhas, Iélena e Tatiana, nascidas em 1957 e 1958, respectivamente.

Foi o primeiro presidente da Rússia em 1991, após o fim da União Soviética, e o primeiro eleito democraticamente na história daquele país governando entre 1991 e 1999 A sua eleição, em 1991, ficou em volta de muita expectativa e a 12 de Junho de 1991, Yeltsin ganhas as eleições com 57% dos votos.

A era de Yeltsin ficou marcada pela grande corrupção que assolava a Rússia, o desemprego, a fome e os conflitos com a Chechénia e também aos colapsos económicos e à venda sem organização de empresas a privados como a Lukoil fazendo com que a sua popularidade fosse baixa durante alguns tempos. Em 1994 ordenou a invasão da Chechénia originando a primeira Guerra Chechena, até chegar a um tratado de paz em 1996, violado pouco tempo depois.

Ieltsin foi o responsável por transformar a Rússia num Estado capitalista, deixando de lado, o comunismo. Criou-se a terapia de choque económica levando muitas famílias dependentes dos subsídios soviéticos a passarem muitos problemas económicos e sociais.

Faleceu aos 76 anos de idade de complicações cardíacas após uma visita à Jordânia.

Fotos e Textos extraídos da Net e órgãos de Comunicação Social.
José Gonçalves


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

DE REGRESSO!

Começou a 26 de Dezembro de 2007 a contagem decrescente para o Natal de 2008. Aquele já passou com muitas contradições à mistura. Crianças cujo sapatinho foi pequeno para tantos presentes. Outras que nem sequer sapatinho têm e se não têm sapatinho como é que o Pai Natal lhes podia dar presentes?

A Consoada com tanta gente à volta de uma mesa abastada. Outros nem mesa têm e se não têm mesa como poderiam sentar-se em volta dela?


Tanta noite bem dormida em finos lençóis, em paz e sonhando com o próximo Natal. Outros nem cama têm e se não têm cama como poderiam dormir sequer? e em paz? e sonhando?


A trinta e um de Dezembro o Ano de 2007 despediu-se de nós. Levou com ele o tempo e deixou a esperança de um novo ano de 2008. Milhares e milhares disseram-lhe adeus entre festas e foguetes pagos a peso de oiro. Milhões e milhões nem por ele deram e se não deram por ele como é que passou mais um ano?


Estes são tempos de família onde a reunião é o tema, mesmo que família seja uma palavra estranha para muitos. Apesar disso, manda a tradição que nestes tempos elas se juntem, mesmo que no resto do ano se ignorem.


No reverso da medalha, tantos que nem família têm, ou se têm dela não sabem ou dela nem ouvem falar e se não a têm nem dela sabem, como se poderiam reunir?

Há pelo menos uma coerência no seio destes, é que durante o resto do ano a situação mantém-se e chegando a presente quadra não há fingimentos nem faz de conta.

É uma época complexa, que a mim me deixa não só, um certo travo de satisfação por conseguir chegar a quem posso e que de mim precisa, mas também uma certa revolta por ela ser insuficiente.


E tanto queria que o tempo tivesse parado e me deixasse ter ao lado aqueles que já partiram e que me fizeram sentir anos a fio, que estas alturas do ano tinham algum significado. Tudo seria bem mais fácil e a sua ajuda seria importantíssima para fazer compreender aos que comigo comungam dos mesmos sentimentos, como o Natal, a família e os amigos são importantes e por eles vale a pena continuar a acreditar.


Desejo, mesmo assim a todos os meus amigos um Novo Ano de 2008, repleto de coisas boas e que os sonhos de cada um se realizem em paz, harmonia, solidariedade, amor e saúde para que o Mundo se possa ir a pouco e pouco mudando para um Mundo melhor e mais justo.


É difícil eu sei, mas é importante não desistir, a bem de todos nós!


José Gonçalves